Volume: 2.750m³ ou 2.750.000 litros
Com estes parâmetros podemos dizer que este reservatório comporta :

Em 1975, um plano diretor de Santos (PDS), realizado por técnicos da Prodesan (empresa de economia mista, ligada ao poder público municipal), apontava como solução mais provável para resolver o problema a recuperação dos dois maiores reservatórios existentes e desativados por falta de conservação – Saboó alto (25 mil m³) e Barbosa alto (9 mil m³). Mas, mesmo com os dois em funcionamento, a questão continuou pendente.
Para a reservação de água, o mesmo plano apresentava como alternativa a construção de reservatórios convencionais, de concreto armado, a serem implantados nos morros existentes na área a ser abastecida. Na época, duas eram as contraindicações a essa solução:
A antiga Companhia de Saneamento da Baixada Santista (SBS) fizera um estudo preliminar de reservação em quatro galerias horizontais escavadas em rocha. A partir daí, chegou-se a uma solução até agora pouco utilizada no Brasil para guardar água: um túnel escavado na rocha.

O projeto entrou em estudos mais detalhados já então pela Sabesp e, segundo o coordenador de obras da companhia na Baixada Santista, engenheiro Paulo Castello, o processo seria tanto mais econômico quanto maior fosse a seção de escavação. E enumera as vantagens da solução:
1) O custo. Um reservatório convencional custa em média de 160 a 200 dólares/m³. A solução em túnel foi orçada em 80 a 100 dólares/m³. O cálculo prevê a construção do reservatório, estrada de acesso, contenções de talude, tubulações de alimentação, distribuição e descarga, drenagem e iluminação, excluindo os custos de operação e manutenção.
2) A existência de uma cadeia de montanhas entre Santos e São Vicente, próximas dos centros de consumo e das faixas turísticas das duas cidades (o morro escolhido é o de Santa Terezinha, na divisa entre os municípios, com formação geológica favorável à escavação).
3) A necessidade de atender à demanda de um terço do dia de maior consumo do ano 2006, horizonte do plano diretor de Santos, que atinge 120 mil m³.
4) Redução das áreas a desapropriar, diminuição dos serviços de terraplenagem, dos
acessos, das obras de contenção e extensão das tubulações de entrada, saída e descarga. As áreas dos emboques situam-se em lugares desabitados, o que acaba facilitando sua desapropriação.
5) Pouca interferência com a estabilidade do maciço, evitando-se alterações sensíveis no equilíbrio do ecossistema existente.
Com a aprovação do projeto básico teve início a parte econômica. Os financiamentos foram firmados entre Sabesp e BNH/Banespa, com assinatura de contrato no valor de 8.199.210 UPCs, para cobrir as despesas com reforma e ampliação da produção e adução do sistema Cubatão-Santos-São Vicente; e reforma das infraestruturas de reservação e distribuição, onde ficou incluída a construção do reservatório túnel, com capacidade para 110 mil m³ de água.



