Tradicionalmente conhecida por munícipes e turistas, a Lama Negra de Peruíbe é bastante procurada por suas propriedades terapêuticas e dermatológicas. Na década de 70, o Instituto Geológico do Estado realizou uma série de estudos que comprovaram a baixíssima radioatividade do minério e sua ação oxidante, o que faz combater o acúmulo de radicais livres, responsáveis pelas sensações de cansaço e estresse.
De acordo com a U.S. National Library of Medicine(2001), a Medicina Hidrológica(1971) e a ABINAM(2000) as principais ações bioquímicas dermatológicas comprovadas são: ação mineralizante, principalmente pelo elevado teor de sulfetos; ação substituinte, fornecendo enxofre a queratina e cartilagens; atua como dessensibilizante, modificando o estado reacional da pele e atenuando ou suprimindo o comportamento do organismo em face de agentes desencadeadores. Além disso, possui ações biofisiológicas do enxofre caracterizando como dinâmico transportador do hidrogênio e do oxigênio, antialérgico para a pele, anti-séptico por ser microbicida e parasiticida e antiescleroso agindo nos tecidos conjuntivos, fibrosos e arteriais.
A autorização de lavra para extração pertence à Prefeitura de Peruíbe, por meio da Progresso e Desenvolvimento de Peruíbe (PRODEP S.A.), que disponibiliza a lama para exposição no Lamário Municipal.
Se a pessoa estiver interessada em tratamentos medicinais e estéticos, Peruíbe tem clínicas especializadas. Se preferir os cosméticos, como shampoos, sabonetes e cremes, pode comprá-los no comércio local.
O Projeto Lama Negra de Peruíbe tem por objetivo mais importante disponibilizar o uso da substância como contribuição à saúde pública, matéria-prima para o desenvolvimento de um novo ramo da indústria não poluente ou como equipamento turístico.


