Modalidade
na qual se caminha em cima de uma fita presa em árvores chegou a Cidade
em 2009 e tem como base a concentração. Atualmente, esporte pode ser
praticado na praça do Sesc, na Aparecida
Desenvolvido
nos Estados Unidos para ser uma espécie de “treino” para escaladores em
dias chuvosos, o Slackline se configurou em uma verdadeira “febre”
entre os jovens em Santos, onde chegou em 2009. Trata-se de um esporte
em que equilíbrio e concentração são as palavras-chave. Na prática, o
esforço consiste em caminhar de uma ponta a outra de uma fita presa em
dois pontos de fixação — geralmente, duas árvores — e distando alguns
centímetros (ou até metros) do solo. Hoje, já há campeonatos até mesmo
de nível mundial de Slackline, em que além de fazer a trajetória na
fita, os competidores realizam manobras que trazem à memória a famosa
corda bamba, dos circos.
“Além de lidar com o equilíbrio e a concentração, o Slackline também
atua em partes do corpo, como abdômen, glúteo e panturrilha. Na
Fisioterapia, o esporte tem sido usado para trabalhar músculos do pé que
não sendo utilizados no dia-a-dia”, descreve Carlos Fontoura, professor
da modalidade e diretor da Brasil Adventures, empresa especializada em
Esportes Radicais. Outro ponto destacado na modalidade é o da prática
não ter restrições de idade, sexo ou peso.
um esporte de sucesso. Já pude dar aulas a crianças de dois anos e
senhores de 72 anos — que, claro, são sempre acompanhados por um
profissional capacitado. Como todo esporte, no Slackline também há
riscos, então não dá para brincar”, alerta.
Em
Santos desde 2009, Slackline ganhou evidência nos últimos dois anos e é
alvo de cursos de capacitação, que volta e meia ocorrem na Cidade.
Foto: Lincoln Chaves
já existem cursos para capacitação de praticantes e profissionais que
desejam utilizar a modalidade em academias ou tratamentos. E até mesmo o
meio universitário encaminha a formação de futuros professores de
Slackline. “Sou coordenador do núcleo de Esportes Radicais do curso de
Educação Física da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), que
tem como professor da disciplina o Cisco Araña (surfista). Depois que
tivemos o contato com a modalidade, passamos a ensinar a teoria e a
prática do Slackline já na faculdade, para que de lá já saíssem os
potenciais professores deste esporte”, conta Fontoura.
Forma correta
O número de praticantes em Santos ainda é uma incógnita, mas só na comunidade Slackline Santos
na rede social Facebook havia 184 membros até às 15 horas de quinta
(5). “Acredito que entre 200 e 300 jovens pratiquem o Slackline na
Cidade, mas da forma correta”, avalia Fontoura — que faz questão de
enfatizar esta última expressão. Tal preocupação faz sentido. Não é raro
encontrar praticantes da modalidade esticando as fitas sem cuidado com
as árvores e em locais proibidos — como na praia, cujos coqueiros são
pouco resistentes à tensão que a fita exerce no tronco, que pode chegar a
quatro toneladas.
“A modalidade cresceu meio desordenada e isso gerou alguns problemas.
Tivemos conhecimento, por exemplo, de que alguns praticantes quebraram
um coqueiro na última semana. Quem não tem noção, amarra a fita em
qualquer árvore, por mais fina que ela seja, e esquece que a tensão da
fita pode ser demais para aquela estrutura”, lamenta Fontoura. Hoje, a
prática “legal” ocorre só na praça Caio Ribeiro de Moraes e Silva, em
frente ao Sesc, na Aparecida, mas está em estudo a liberação e novos
espaços ao Slackline em Santos — alguns praticantes, por intermédio do
vereador Braz Antunes (PPS), sugeriram ao secretário Paulo Musa locais
como a Praça Palmares e a Lagoa da Saudade, no Morro da Nova Cintra.
Fique atento
No mercado já existe um kit específico para a prática do Slackline, que contém protetores de EVA (primeira foto – que evitam o estrangulamento da árvore pela fita) e uma catraca, além da própria fita (segunda foto) — cuja espessura varia de 50 a 25 milímetros. A primeira (verde e amarela), mais “convencional”, é dirigida a iniciantes e aqueles que desejam fazer manobras mais radicais. Já a segunda (preta),
chamada de “tubular”, não permite grandes manobras — até por ser mais
fina — e é voltada a atletas mais experientes, por costumar ser usada em
distâncias maiores altura mais elevadas. O kit completo pode ser
adquirido, em média, a partir de R$ 160.
Fonte..:: Boqueirão News
Saiba mais..:: Brasil Adventures






