Novo Trecho da ciclovia entre Santos e São Vicente ficará pronto até dezembro

Livre trajeto para os mais de 60 mil ciclistas que cruzam, diariamente, a
divisa de Santos e São Vicente. E previsão de melhora no trânsito num
dos principais gargalos logísticos regionais, que por dia dá vazão a 35
mil veículos.

Os cenários otimistas serão possíveis até o final
do ano, com a reformulação do trecho da ciclovia entre a divisa com São
Vicente e o Emissário Submarino, no José Menino. Ao custo de R$
538.448,18, as intervenções ficarão ao cargo da Engeterpa – Construções e
Participações LTDA, vencedora da licitação iniciada em março.

A
ordem de serviço foi publicada na edição do Diário Oficial de Santos de
sexta-feira. Os trabalhos serão custeados com recursos estaduais do
Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias Turísticas
(Dade). Após as intervenções, o traçado daquele trecho da ciclovia será
transferido do canteiro central da Avenida Presidente Wilson para junto à
faixa de areia.

Conforme o projeto, a nova ciclovia terá dois
metros de largura e será iluminada por 32 postes. Um jardim fará a
separação entre a pista exclusiva para ciclistas e o passeio público. O
começo das intervenções está datado para a primeira semana de agosto.

O
contrato firmado nesta semana tem validade de oito meses. No entanto, a
conclusão do lote poderá ser antecipada, conforme o secretário
municipal de Infraestrutura e Edificações. Nilson da Piedade Barreiro.
“É algo que todos esperam. A segurança de tirar o ciclista do meio da
pista não tem preço”.

O novo trajeto irá interligar as malhas
cicloviárias dos dois municípios vizinhos, sem nenhum obstáculo.
Atualmente, o ciclista precisa cruzar a via em dois trechos. Fato que
gera impacto no fluxo de veículos, pois as travessias são realizadas em
pontos semafóricos, com intervalos de até 60 segundos cada, dependendo
do horário.

Antigo pleito de ciclistas, a reformulação do trecho
também terá reflexos no fluxo de veículos. Barreiro afirma que, numa
segunda etapa, será refeita a pavimentação da via. A expectativa é que a
avenida ganhe mais uma faixa de rolamento. Os cálculos mais otimistas
citam ganhos de até 40% na capacidade da via.

Para quem depende
da bicicleta para se locomover, as alterações são esperadas há muito
tempo. “Deveriam ter feito assim desde o começo. Essa travessia é muito
complicada e difícil”, afirma o pedreiro Sebastião Ferreira da Silva, 42
anos. “Sempre tem aquele que não espera o semáforo e se aventura nas
ruas”, completa o auxiliar de serviços gerais, Antônio Cosme Moreira, 36
anos.

Já moradores dos condomínios em frente ao futuro
empreendimento acreditam no convívio pacífico. “Sem a ciclovia, já há
muito fluxo e não tem muitos problemas”, diz a pensionista Lucia
Christina de Assis, 66 anos. “Só espero que exista respeito e (a
ciclovia) seja bem sinalizada. Pois a gente atravessa (para ir a praia)
por aqui”, acrescenta o funcionário público Pedro Correia, 52 anos.

Zona Noroeste
Apesar
quase seis meses de atraso, outra antiga reivindicação de ciclistas
encaminha para solução. A construção dos quatro quilômetros de ciclovia
da Avenida Nossa Senhora de Fátima, na Zona Noroeste, deverá sair do
papel também em agosto.

Embora sem obras físicas, Barreiro pontua
que os trabalhos de realinhamento de postes de energia já estão foram
iniciados. “Não adiantaria iniciar a construção, pois iria criar um
transtorno no trânsito sem rendimento de obra”. As intervenções deverão
ser entregues no próximo ano.

Fonte..:: A Tribuna
(transporte, turismo)

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