Por meio da Lei Rouanet, a Vale Fertilizantes patrocina o projeto ‘As
ruínas de pedra de Cubatão’. A iniciativa resultará em um livro que
revelará a história de uma pequena edificação, construída por volta do
século XVII e localizada dentro do Complexo Industrial de Piaçaguera.
Intitulado ‘As ruínas de pedra de Cubatão: A arquitetura do tempo dos
jesuítas’, o livro terá ilustrações e fotografias encontradas em
arquivos públicos e privados, que já estão sendo analisadas por
especialistas. O material trará, ainda, uma pesquisa arqueológica sobre
os vestígios de paramentos e objetos encontrados no lugar.
“Apostamos nesse projeto porque ele resgatará parte da memória histórica
da Baixada Santista e responderá a muitas dúvidas dos historiadores
cubatenses. Apesar das ruínas estarem em uma área industrial, a Vale
Fertilizantes sempre buscou manter o local preservado, respeitando o
desejo da comunidade”, explicou Paulo Eduardo Batista, gerente geral de
Comunicação da empresa.
O livro, segundo ele, será destinado aos estudiosos da história do país,
“que poderão conhecer um pouco mais sobre os primeiros assentamentos da
região.”
O arquiteto Gino Caldatto Barbosa, responsável pela pesquisa, explica
que as descobertas poderão esclarecer etapas importantes da ocupação da
Baixada, período ainda pouco pesquisado na história brasileira. “O
Litoral paulista precisa de estudos voltados para o resgate de sua
memória, elo vital para a construção de sua trajetória histórica. A
publicação do livro vai valorizar o esforço do trabalho humano na
ocupação da região, vencendo todo tipo de adversidades para consolidar a
economia local”, afirmou.
Os vestígios revelam que a casa foi erguida em pedra e cal, técnica
construtiva tradicional da cultura ibérica trazida para o Brasil pelos
colonizadores. Por isso, os especialistas envolvidos no projeto calculam
que ela tenha sido construída no período em que os jesuítas
permaneceram na Baixada, entre os séculos XVI e XVIII.
Já foram levantadas algumas hipóteses sobre o uso do local, que pode ter
sido uma capela, um posto alfandegário ou mesmo uma pousada de
tropeiros.
(fatos_históricos)



